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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A Paixão Segundo G.H. - Clarice Lispector - (uma quase resenha, rs)

  Olá, tudo bem? então, esse é um post para... como inicia postagem, mesmo? hahahaha. Tô há três meses sem postar, desaprendi algo que nem sabia fazer, pois é, esse sou eu.

  Então, li super pouco nesse mês, por motivos de: ressaca literária + preguiça de verão + minha visão está piorando.
  Minha ressaca começou no momento em que terminei "A Paixão Segundo G.H." (Rocco, 179 páginas), fiquei: como vou prosseguir com a minha vida após ter lido isso? Como?
  Brincadeiras à parte, eu realmente fiquei perturbado com o que li, pois, de alguma forma, me identifiquei com o livro, com a "G.H.", e isso me assustou.

eis o bonitão, cheio de post-its, rs ;)
  É um dia inteiro na vida de G.H., ela, não tendo mais empregada, decide fazer faxina na casa e entra no antigo quarto da empregada para limpá-lo, e encontra uma barata. E, então, ela nunca mais foi a mesma, assim como eu. 
  Com uma narrativa densa, cortante e aterradora, Clarice narra a experiência mística de G.H. com o quarto, com a barata e, sobretudo, com ela mesma. O que sentiu, o que viu, o que fez. 
  Não entrarei em detalhes em relação ao enredo, pois isso seria violar a experiência que cada um deve ter com esse livro. Será singular, obviamente. 
  No decorrer da leitura, por várias vezes, me senti angustiado, inquieto e até dor física senti, de tão tenso que fiquei. E, quando concluí a leitura, eu estava "o pó".
  Passei dias pensando sobre o livro, remoendo frases, sentindo. Tentando entender o motivo da empatia com a personagem, com seus medos e anseios. Serei sincero: ainda não entendi por completo, se é que algum dia o farei. Apenas senti.
  Pretendo, algum dia, fazer (tentar) um post sobre a minha "relação" com a Clarice e sua obra, mais para frente...
  Enfim, foi isso, por hoje. Até! ;)

essa frase... uau! <3 

eu tenho uma certa dificuldade em manter a linha reta, pois é, rs.
e, sim, eu grifo os meus livros, eu quase os estupro. ;)